Na noite de sexta-feira (31) e madrugada de sábado (1º), a Rússia lançou um grande ataque aéreo contra diversas regiões da Ucrânia, apenas horas após a OTAN permitir o uso de armas ocidentais por Kiev contra alvos em território russo. Este foi o maior ataque desde março e envolveu o disparo de cem mísseis e drones de diferentes tipos.
A ofensiva russa atingiu áreas no norte, centro, sul e oeste da Ucrânia, incluindo regiões próximas às fronteiras com a Polônia e Hungria. Explosões foram registradas em pelo menos nove cidades, incluindo a capital, Kiev, e Lviv. Os alarmes soaram em todo o país, e cinco regiões sofreram blecautes devido aos danos no sistema de energia.
De acordo com fontes ucranianas, 35 de 53 mísseis e 46 de 47 drones foram derrubados pelas defesas aéreas. Entre os armamentos utilizados pelos russos estavam drones iranianos Shahed-136, mísseis de cruzeiro supersônicos Kh-101 e bombardeiros estratégicos Tu-95. Mísseis de cruzeiro Kalibr e mísseis balísticos Iskander-M também foram empregados no ataque.
O governo da região ocupada de Donetsk, controlada por forças pró-russas, relatou que ao menos cinco pessoas foram feridas por bombardeios ucranianos em retaliação.
A autorização para o uso de armas ocidentais contra alvos dentro da Rússia foi confirmada pelos Estados Unidos e Alemanha. Essa decisão marca uma escalada significativa no conflito, que já dura mais de dois anos. A região de Belgorodo, na Rússia, tem sido alvo de ataques diários de forças ucranianas, e a resposta russa incluiu a realização de exercícios nucleares, aumentando a tensão global.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, usou o Telegram para apelar por mais ajuda internacional, destacando a necessidade de sistemas adicionais de defesa aérea e a aceleração da entrega de caças F-16.
A situação na Ucrânia continua a se deteriorar, com ambos os lados intensificando suas ações militares enquanto a comunidade internacional observa com preocupação.