Seis meses após o início do conflito em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram Israel a partir de Gaza, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo centenas de reféns, a situação na região permanece tensa e devastadora. Em resposta ao ataque, Israel prometeu “aniquilar e destruir Hamas” para eliminar qualquer ameaça futura e libertar todos os reféns.

Desde então, a guerra brutal resultou na morte de pelo menos 33.000 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, e vastas áreas de Gaza foram destruídas. Israel afirma ter matado milhares de combatentes do Hamas e destruído grande parte da rede de túneis subterrâneos usados pelo grupo para realizar ataques.

Em uma reportagem especial da BBC, a BBC Verify investigou as declarações públicas e postagens nas redes sociais das Forças de Defesa de Israel (IDF) para avaliar o progresso em relação aos objetivos declarados por Israel. Segundo a IDF, aproximadamente 13.000 combatentes do Hamas foram mortos desde o início da guerra. No entanto, a verificação independente desses números é complicada, e muitos líderes importantes do Hamas, incluindo Yahya Sinwar, ainda estão vivos.

No que diz respeito aos reféns, 253 pessoas foram sequestradas em 7 de outubro. Destas, 109 foram libertadas em trocas de prisioneiros ou acordos separados, 3 foram resgatadas diretamente pelo exército israelense, e os corpos de 12 reféns foram recuperados. O destino de 129 reféns ainda é desconhecido, com Israel confirmando que pelo menos 34 estão mortos.

A destruição da extensa rede de túneis do Hamas é outro objetivo crucial para Israel. Embora a IDF tenha relatado a descoberta e destruição de centenas de túneis e eixos de túneis, a complexidade e profundidade da rede tornam impossível eliminá-la completamente.

O custo humano e material do conflito é imenso. Mais de 1,7 milhão de pessoas foram deslocadas internamente, e mais de 56% dos edifícios de Gaza foram danificados ou destruídos. Universidades, áreas residenciais e terras agrícolas foram devastadas.

Seis meses após o início da guerra, permanece incerto se Israel alcançou seus objetivos ou se a eliminação completa do Hamas é viável no futuro próximo.